Quando você termina de instalar o Windows XP ele é incrivelmente rápido. Dá o boot em apenas alguns segundos, abre a interface gráfica quase que instantaneamente após o login e está pronto para uso assim que a interface carrega na tela. Então você inicia aquela rotina que todo mundo que está acostumado com a manutenção de um PC Wintel conhece. Instalar pacote de escritório, atualizar o navegador de web, colocar softwares de produtividade que você precise e os necessários pacotes de anti-vírus, anti-spyware, firewall e algum sistema de proteção de conteúdo caso as crianças usem o computador para navegar na internet. E depois que você deixa seu computador útil para alguma coisa o que acontece com toda aquela agilidade que o sistema apresentava antes? Vai para o espaço. Após a instalação de diversos programas o desempenho do Windows cai sensivelmente.
Isso ocorre porque muitos programas (na verdade quase todos) alteram o registro do Windows e inserem muitas chaves de configuração e de carregamento de arquivos. O intuito de cada empresa é fazer com que seu próprio programa carregue parte de si próprio junto com o sistema operacional para que, quando chamado pelo usuário, a carga aparente do programa ocorra mais rápido. O tiro sai pela culatra porque, em sendo o Windows multi-tarefa, todos os programas receberão tempo do sistema durante a carga inicial, e você tem às vezes 10 ou até 20 programas, todos juntos, carregando arquivos e acessando a memória do sistema durante a inicialização.
Mas é claro que enquanto que essa lentidão do sistema é resultado de vários programas iniciando ao mesmo tempo alguns desses softwares usarão mais recursos do que outros após o início de seu funcionamento. A maioria dos desenvolvedores está muito preocupada em fazer com que seus softwares operem de forma mais rápida possível, mas poucos deles preocupam-se com o resultado final dessa equação. Como diria o grande jurista Bezerra da Silva: Se a farinha é pouca, meu pirão primeiro.
Obstinado a descobrir qual programa é mais egoísta entre os mais usados pelos desktops de todo mundo, o site The PC Spy fez uma análise de como cai o desempenho do sistema operacional Windows quando cada aplicação ou utilitário é instalado. O resultado é o artigo What Slows Windows Down? (O que desacelera o Windows?) onde as conclusões sobre os testes são comentadas. A metodologia envolveu a instalação do Windows XP em máquinas virtuais. Em cada uma delas um aplicativo diferente era instalado e depois comparava-se o tempo de boot desse sistema com um tempo de controle, baseado no mesmo sistema operacional sem nenhuma modificação.
O resultado é literalmente chocante. O software que mais prejudica o desempenho do sistema é o Norton Internet Security 2006. O desempenho em tempo de boot do Windows com IS2006 instalado foi quase 60% pior do que de um Windows sem ele, passando de 75 para 118,33 segundos. O segundo lugar da lista também é surpreendente. Ao instalar 1000 novas fontes no Windows seu tempo de boot aumentou 40% pulando dos 75 para 105 segundos, aparentemente porque o Windows faz um cache das fontes ao carregar a interface gráfica. Quanto mais fontes, maior o tempo de boot. E você achava que isso era apenas uma lenda urbana, não?
Seguindo a lista temos uma demonstração clara de que certas categorias de software prejudicam mais o tempo de boot do que outras. Após os softwares de segurança e as fontes temos os programas de mensagens instantâneas (ou IMs) e softwares de desenvolvimento, de uma forma geral. Algo que chamou a atenção na lista foi o pequeno confronto entre OpenOffice e MS Office. O pacote de escritórios da própria MS na versão 2003 Pro atrasou o boot em 6,67% (80 segundos de tempo de boot) enquanto que o pacote livre OpenOffice 2.0.3 pesou 5,33% (79 segundos). É apenas 1 segundo, mas depois de ouvir tanto que a Microsoft explorava melhor as características do sistema em seus aplicativos só posso concluir que isso é a) uma mentira ou b) um trabalho muito ruim do time do MS Office, se for verdade.
Um confronto que muitos gostariam de ver (tenho certeza) seria IE 6 x IE 7 x Firefox x Opera. Mas ele não aconteceu, suponho, pela dificuldade de separar o Windows XP do IE 6 que vem atrelado de forma muito presente no sistema operacional. Muitas bibliotecas necessárias pelo IE são carregadas pelo Windows naturalmente durante o boot, então é normal esperar que a instalação de uma outra versão desse navegador vá gerar um impacto muito pequeno no sistemas, e isso penderia um comparativo para o lado do navegador que já é parte do próprio sistema operacional.
Mas uma coisa é a faceta mais intrigante desse pequeno teste. Não houve, entre os programas testados, um único que não causasse impacto algum no tempo de boot do sistema. Todo programa instalado gera um acréscimo de tempo, ainda que pequeno, na inicialização do Windows. Ou seja, a velha lenda urbana de que para seu Windows ficar mais lento basta que você o use parece não ter nada de lenda e sim ser uma triste verdade. Como conforto dentre os pacotes de segurança testados o McAfee SecurityCentre foi o melhorzinho, aumentando o tempo de boot em “apenas” 11,56% (para 83,67 segundos) o mesmo acrescimo apresentado pelo software de P2P Kazaa 3 que traz consigo toneladas de crapware e spyware que precisa ser inicalizado com o sistema. Uma análise menos compromissada desse fato poderia ser a de que seu Windows será sempre mais lento do que deveria, quer esteja com spyware ou com anti-spyware.
Isso ocorre porque muitos programas (na verdade quase todos) alteram o registro do Windows e inserem muitas chaves de configuração e de carregamento de arquivos. O intuito de cada empresa é fazer com que seu próprio programa carregue parte de si próprio junto com o sistema operacional para que, quando chamado pelo usuário, a carga aparente do programa ocorra mais rápido. O tiro sai pela culatra porque, em sendo o Windows multi-tarefa, todos os programas receberão tempo do sistema durante a carga inicial, e você tem às vezes 10 ou até 20 programas, todos juntos, carregando arquivos e acessando a memória do sistema durante a inicialização.
Mas é claro que enquanto que essa lentidão do sistema é resultado de vários programas iniciando ao mesmo tempo alguns desses softwares usarão mais recursos do que outros após o início de seu funcionamento. A maioria dos desenvolvedores está muito preocupada em fazer com que seus softwares operem de forma mais rápida possível, mas poucos deles preocupam-se com o resultado final dessa equação. Como diria o grande jurista Bezerra da Silva: Se a farinha é pouca, meu pirão primeiro.
Obstinado a descobrir qual programa é mais egoísta entre os mais usados pelos desktops de todo mundo, o site The PC Spy fez uma análise de como cai o desempenho do sistema operacional Windows quando cada aplicação ou utilitário é instalado. O resultado é o artigo What Slows Windows Down? (O que desacelera o Windows?) onde as conclusões sobre os testes são comentadas. A metodologia envolveu a instalação do Windows XP em máquinas virtuais. Em cada uma delas um aplicativo diferente era instalado e depois comparava-se o tempo de boot desse sistema com um tempo de controle, baseado no mesmo sistema operacional sem nenhuma modificação.
O resultado é literalmente chocante. O software que mais prejudica o desempenho do sistema é o Norton Internet Security 2006. O desempenho em tempo de boot do Windows com IS2006 instalado foi quase 60% pior do que de um Windows sem ele, passando de 75 para 118,33 segundos. O segundo lugar da lista também é surpreendente. Ao instalar 1000 novas fontes no Windows seu tempo de boot aumentou 40% pulando dos 75 para 105 segundos, aparentemente porque o Windows faz um cache das fontes ao carregar a interface gráfica. Quanto mais fontes, maior o tempo de boot. E você achava que isso era apenas uma lenda urbana, não?
Seguindo a lista temos uma demonstração clara de que certas categorias de software prejudicam mais o tempo de boot do que outras. Após os softwares de segurança e as fontes temos os programas de mensagens instantâneas (ou IMs) e softwares de desenvolvimento, de uma forma geral. Algo que chamou a atenção na lista foi o pequeno confronto entre OpenOffice e MS Office. O pacote de escritórios da própria MS na versão 2003 Pro atrasou o boot em 6,67% (80 segundos de tempo de boot) enquanto que o pacote livre OpenOffice 2.0.3 pesou 5,33% (79 segundos). É apenas 1 segundo, mas depois de ouvir tanto que a Microsoft explorava melhor as características do sistema em seus aplicativos só posso concluir que isso é a) uma mentira ou b) um trabalho muito ruim do time do MS Office, se for verdade.
Um confronto que muitos gostariam de ver (tenho certeza) seria IE 6 x IE 7 x Firefox x Opera. Mas ele não aconteceu, suponho, pela dificuldade de separar o Windows XP do IE 6 que vem atrelado de forma muito presente no sistema operacional. Muitas bibliotecas necessárias pelo IE são carregadas pelo Windows naturalmente durante o boot, então é normal esperar que a instalação de uma outra versão desse navegador vá gerar um impacto muito pequeno no sistemas, e isso penderia um comparativo para o lado do navegador que já é parte do próprio sistema operacional.
Mas uma coisa é a faceta mais intrigante desse pequeno teste. Não houve, entre os programas testados, um único que não causasse impacto algum no tempo de boot do sistema. Todo programa instalado gera um acréscimo de tempo, ainda que pequeno, na inicialização do Windows. Ou seja, a velha lenda urbana de que para seu Windows ficar mais lento basta que você o use parece não ter nada de lenda e sim ser uma triste verdade. Como conforto dentre os pacotes de segurança testados o McAfee SecurityCentre foi o melhorzinho, aumentando o tempo de boot em “apenas” 11,56% (para 83,67 segundos) o mesmo acrescimo apresentado pelo software de P2P Kazaa 3 que traz consigo toneladas de crapware e spyware que precisa ser inicalizado com o sistema. Uma análise menos compromissada desse fato poderia ser a de que seu Windows será sempre mais lento do que deveria, quer esteja com spyware ou com anti-spyware.
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